VOCAÇÃO

 A Vida é a Nossa Primeira Vocação 

Nossa primeira vocação é a de ser santos:  É grande apelo do Senhor a nós é para que sejamos santos. Para isso existem as vocações específicas, que nos guiam nesse mundo para aquilo que é a vontade do Pai.
Quando um casal se une no matrimônio, é para que ambos se santifiquem. Também o sacerdote tem como obrigação ser cada dia mais santo quando aceita o sacerdócio de Jesus. O mesmo acontece com os celibatários(Irmãs, consagrados) que devem manifestar a beleza desse estado de vida para o mundo e ser sinal de santificação não só para si, mas para todos.
Quando você se afasta da rocha e constrói sua experiência religiosa longe dela, não está firmando boas bases. Ao primeiro vento do relativismo, será levado para onde ele estiver soprando.
A Igreja já passou pelas piores enchentes e tempestades, mas continua firme até hoje. Isso aconteceu, porque, apesar das falhas, nunca esquecemos que Cristo é a cabeça da Igreja.
Não é tempo de murmurarmos contra a Igreja e fazer comparações apenas por conveniência. Ao contrário, é tempo de rezar para que sejamos cada vez mais santos e dignos de fazer parte desse Corpo Místico.
Não faça como o povo escolhido fez tantas vezes enquanto estava no deserto, que murmurava quando a água era pouca, quando a comida não era farta ou quando as distâncias eram cada vez maiores. Infelizmente, muitas vezes, temos saudade do homem velho e começamos a murmurar sobre como a vida era mais fácil quando fazíamos parte do mundo e não havia compromisso de seguir Cristo. Mas essa é a última tentativa do demônio para nos tirar do caminho da Terra Prometida.
                                        Se eu não existisse

Se eu não existisse, ninguém perceberia minha ausência. Mas, uma vez que existo, que nasci sem merecimento meu, cabe-me a responsabilidade de administrar bem esse dom que recebi gratuitamente. A vida é um dom, e com tal deve ser respeitada desde o seu início, no ventre materno, até o seu último instante.

Antes de eu existir, Deus me conhecia e amava; por isso me chamou à vida. "Sim! Pois tu me formaste, tu me teceste no seio materno. Conhecias até o fundo do meu ser: meus ossos não te foram escondidos quando eu era formado em segredo. Teus olhos viam o meu embrião. Deus meu, tu me sondas e de longe penetras os meus pensamentos, meus caminhos todos são familiares a ti. Conheces minhas preocupações! Conduze-me pelo caminho eterno. Sou criação tua." (cf. Salmo 139).
Eu não sou uma existência lançada ao absurdo. E Deus não cria em série. Cada um de nós é único diante dele. Ele é o artista que coloca na obra de suas mãos a mente e o coração.
O chamado à existência é uma eleição de amor. O centro, o ponto de referência do meu existir, é Deus, meu criador.


O amor de Deus dotou o ser humano de inteligência que é um reflexo da própria luz eterna e com a qual podemos ler no livro da criação as perfeições invisíveis de Deus (Rm 1,20). Dotou-nos de vontade livre que nos permite conquistar a nós mesmos, amar-nos uns aos outros e cuidar de toda a sua obra, a saber, os seres vivos e a matéria inerte, responsabilizando-nos pela conservação do meio ambiente pelo Qual Deus visa o nosso bem-estar e a preservação de todo o tipo de vida: animal ou vegetal.
Deus não nos criou para a solidão, mas como membros da comunidade humana, daí o nosso dever de solidariedade para com todos, especialmente para com os mais pobres, doentes, injustiçados e os que perderam o sentido da vida. Todos são a menina dos olhos de Deus. Cada pessoa está, pois, envolvida e preenchida pelo amor de Deus que nos convida ao banquete da vida.