
Na adolescência, a própria Regina
pediu para ser batizada no cristianismo, embora o ambiente em sua casa fosse
pagão. A cada dia, tornava-se mais
piedosa e tinha a convicção de que queria ser esposa de Cristo. Nunca aceitava
o cortejo dos rapazes que queriam desposá-la, tanto por sua beleza física como
por suas virtudes e atitudes, que sempre eram exemplares. Ela simplesmente se
afastava de todos, preferindo passar a maior parte do seu tempo reclusa em seu
quarto, em oração e penitência.
Entretanto o real martírio de
Regina começou muito cedo, e em sua própria casa. O seu pai, um servidor do
Império Romano chamado Olíbrio, passou a insistir para que ela aprendesse a
reverenciar os deuses. Até que um dia recebeu a denuncia de que Regina era uma
cristã. No início não acreditou, mas decidiu que iria averiguar bem o assunto.
Quando Olíbrio percebeu que era
verdade, denunciou a própria filha ao imperador Décio, que seduziu-a com
promessas vantajosas caso renegasse Cristo. Ao perceber que nada conseguiria
com a bela jovem, muito menos demovê-la de sua fé, ele friamente a mandou para
o suplício. Regina sofreu todos os tipos de torturas e foi decapitada.
O culto a santa Regina
difundiu-se por todo o mundo cristão, sendo que suas relíquias foram várias
vezes transladadas para várias igrejas. Até que, no local onde foi encontrada a
sua sepultura, foi construída uma capela, que atraiu grande número de fiéis que
pediam por sua intercessão na cura e proteção. Logo em seguida surgiu a
construção de um mosteiro e, ao longo do tempo, grande número de casas. Foi
assim que nasceu a charmosa vila Sainte-Reine, isto é, Santa Rainha, na França.
Esta festa secular ocorre, tradicionalmente,
em todo o mundo cristão, no dia 7 de setembro.