A família dos
Irmãos(ãs) Missionários(as) de Cristo Ressuscitado celebra hoje um de seus
Patronos. Seu nome é Cléofas, no hebraico antigo, pode ser também Alfeu. A
partir daí, temos as informações dos historiadores que pesquisaram as origens
dos santos. Segundo eles, a vida de são Cléofas esteve sempre muito ligada à de
Jesus Cristo. Primeiro, porque se interpreta que Cléofas seja o pai de Tiago, o
Menor; de José; de Simão e de Judas Tadeu, que são primos do Senhor. Maria, mãe
de todos eles, no evangelho do apóstolo João, é chamada de esposa de Cléofas e
irmã da Mãe Santíssima. E que também fosse irmão de são José, pai adotivo de
Jesus. Sendo assim, confirma-se o parentesco. Cléofas, na verdade, era tio de
Jesus Cristo.
A segunda graça
conseguida por Cléofas, além do parentesco com Jesus, foi ter visto o Cristo
ressuscitado:
“Nesse mesmo dia,
dois discípulos caminhavam para uma aldeia chamada Emaús, distante de Jerusalém
sessenta estádios. Iam falando um com o outro de tudo o que se tinha passado.
Enquanto iam conversando e discorrendo entre si, o mesmo Jesus aproximou-se
deles e caminhava com eles. Mas os olhos estavam-lhes como que vendados e não o
reconheceram. Perguntou-lhes, então: ‘De que estais falando pelo caminho, e
por que estais tristes?’ Um deles, chamado Cléofas, respondeu-lhe: ‘És
tu acaso o único forasteiro em Jerusalém que não sabe o que nela aconteceu
estes dias?’ Perguntou-lhes ele: ‘Que foi?’ Disseram: ‘A respeito
de Jesus de Nazaré... Era um profeta poderoso em obras e palavras, diante de
Deus e de todo o povo. Os nossos sumos sacerdotes e os nossos magistrados o
entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. Nós esperávamos que
fosse ele quem havia de restaurar Israel e agora, além de tudo isto, é hoje o
terceiro dia que essas coisas sucederam.’”
(Lc 24, 13-21)
As palavras que os
dois discípulos dirigem ao desconhecido são como o eco de uma profunda
decepção, comum a todos apóstolos nesta hora de provação: “‘É verdade que
algumas mulheres dentre nós nos alarmaram. Elas foram ao sepulcro, antes do
nascer do sol; e não tendo achado o seu corpo, voltaram, dizendo que tiveram
uma visão de anjos, os quais asseguravam que está vivo.’” (Lc 24,22-23)
Foi então que o
desconhecido fez penetrar a luz da Boa-Nova, explicando-lhes as Escrituras e
aceitando o convite para ficar, pois a noite estava por cair. Só no momento em
que o estranho homem repartiu o pão que os alimentaria perceberam que se
tratava de Jesus ressuscitado, pois o gesto foi idêntico ao da última ceia.
Cléofas foi
perseguido por seus conterrâneos por causa de sua fé inabalável no Messias ressuscitado.
Segundo São Jerônimo, o grande doutor da Igreja, o martírio de são Cléofas
aconteceu pelas mãos dos judeus, que o detestavam por sua inconveniente
pregação cristã.
Já no século IV, a
casa de são Cléofas tinha sido transformada em uma igreja. A Igreja confirmou
seu martírio pela fé no Cristo e inseriu no calendário litúrgico o seu nome, no
dia 25 de setembro, para ser celebrado por todo o mundo cristão.
Por este
motivo Nossa Família Religiosa celebra este personagem bíblico e histórico, tendo
nele um modelo a ser seguido, a partir de seu testemunho de vida no anúncio do
Cristo Ressuscitado, que também hoje se faz companheiro e peregrino nos
caminhos da vida.
São Cléofas, Rogai por Nós!!