
Que visão
temos de Deus como Rei de poder? Há mais de dois mil anos atrás as pessoas
esperavam um Rei Esplêndido, cheio de glória e poder, um Rei igual a tantos.
Mas o Rei Jesus nasceu numa Manjedoura, morou em casa simples, trabalhou numa
carpintaria, morreu numa cruz. Por que teve que passar por tudo isso e não foi
como todos esperavam: um Rei rico, famoso, esplêndido. Por que Jesus Eucarístico que é mais
importante que qualquer pessoa na face da terra, não reúne públicos, não enche
os olhos e o coração de tanta gente? Parece-me que as coisas não mudaram muito
cá embaixo na terra durante estes dois mil anos. Para poucas pessoas Jesus é o
seu Rei. Para muitas, pode até ser verbalmente, mas é um verbo que não se
encarna. Há muitas pessoas que ainda não descobriram a verdadeira essência e
correm atrás das falsas: a as das
emoções, da fama ou aquela que traz alguma satisfação própria.
Seguir um Rei
coroado de espinhos é aprender a suportar os espinhos da vida, é silenciar como
Ele quando for necessário. Isto não dar prazer. Viver a verdadeira essência é
descobrir o caminho que muitos santos descobriram nas “noites escuras” da vida
e na luz que só Jesus pode oferecer. Só encontra este caminho que não se deixa
distrair com o brilho da beleza que as máscaras do mundo oferecem para nos
dispersar do caminho e objetivo.
Fazem parte do
Reino de Jesus aqueles que com Ele se parecer: aqueles
que tiverem a coragem de ser batizados com o mesmo batismo de Jesus e lavarem
suas vestes com o sangue do Cordeiro, para com ele também ressuscitar.
Portanto, corramos em busca do campo que contém o verdadeiro tesouro.
Comprar o
campo onde contem tesouros todos querem, difícil é vender tudo o que tem:
Vontades rebeldes, amor próprio, egoísmo, ciúmes, idolatrias, o mundo
capitalista, o sexo de forma desordenada, etc, etc. para comprar o campo do
verdadeiro tesouro. Muitos acham melhor comprar um campo qualquer com algumas
economias que sobram ou se conformar e deixar tudo como está, ou até mesmo
comprá-lo com dinheiro desonesto. A Deus
ninguém engana. Não são com promessas, devoções de ir a Missa só no dia do
Padroeiro, rezar algumas dezenas do terço, acender as velas pelos mortos, dizer
algumas dezenas de palavras bonitas que haveremos de comprar o campo com o
verdadeiro tesouro. Este campo é muito caro: é necessário desfazer-se do que
tem e fazer uma troca: mudar de vida, mudar valores, atravessar o mar vermelho,
enfrentar o Faraó que existe dentro de nós, passar pelos perigos da noite, ter
fé e confiança em Deus que o mar vai abrir, enfrentar o deserto para provar do maná,
passar pelas tentações do demônio: o ter, o prazer, poder e tantas outras. Ou
podemos fazer como Pilatos: ficar na sua frente, falar com ele e não o
reconhecer como Rei e Salvador.
No Reino de Jesus
só vai entrar quem tiver vestes nupciais e o selo de confiança: aquele que confiou
sua vida no Senhor, REI DO UNIVERSO.
Ir.
Lindalva IMCR