03/06/2013

Igreja recorda 50 anos da morte do Papa João XXIII



No dia 3 de junho, há 50 anos, em 1963, morreu João XXIII, o “Papa Bom”. Para marcar esta data, a Diocese de Bergamo, província onde ele nasceu, organizou uma peregrinação ao Vaticano, que se concluirá esta tarde com a celebração da Santa Missa na Basílica de São Pedro. No final da celebração, o Papa Francisco deve ir até a Basílica e pronunciar um breve discurso.

Angelo Giuseppe Roncalli nasceu em Sotto il Monte, na Província de Bergamo, norte da Itália, em 25 de novembro de 1881. Foi eleito o 261° Papa em 28 de outubro de 1958, sucedendo Pio XII. Desde o início, João XXIII revelou um estilo que refletia a sua personalidade humana e sacerdotal amadurecida através de inúmeras experiências: foi professor, capelão militar e teve uma longa carreira diplomática.

Preocupou-se com o aspecto pastoral do seu ministério, ressaltando sua natureza episcopal enquanto Bispo de Roma. Multiplicou o contato com os fiéis por meio de visitas a paróquias, hospitais e cárceres. Sua maior contribuição, todavia, foi a convocação do Concílio Vaticano II – cujo anúncio foi feito na Basílica de São Paulo em 25 de abril de 1959. 

O “Papa Bom” assumiu a Igreja no auge da “guerra fria” entre as democracias ocidentais e os países do bloco comunista, situação que rechaçava de maneira amável, mas enérgica.

Na primavera de 1963, lhe foi conferido o Prêmio "Balzan", que testemunhava seu empenho em favor da paz com a publicação das Encíclicas Mater et Magistra (1961) e Pacem in terris (1963). Nelas, estão indicados as tarefas e os deveres da Igreja Católica no mundo contemporâneo e os itinerários e as metas de natureza política que devem levar o mundo da “coexistência” sempre mais precária entre os Estados à “convivência” entre regimes contrapostos e etnias diferentes.

João XXIII não somente pregava que tudo isso deve ser feito, mas que pode ser feito. Sua grande popularidade deriva de sua capacidade singular de comunicar esperança a todos, de indicar o caminho de uma paz que não é somente ausência de conflitos armados, mas orientada sobretudo ao ser humano.

O "Papa Bom" morreu na noite de 3 de junho de 1963 e foi beatificado por João Paulo II em 3 de setembro de 2000.

Fonte: Rádio Vaticano