27/05/2014

Juntos, católicos e judeus podem favorecer a paz, diz Papa

Católicos e judeus, juntos, podem contribuir para a paz. Esta foi a mensagem deixada pelo Papa Francisco no encontro com os dois grãos-rabinos de Israel, Askenazi Yona Metzger e Sefardita Shlomo Amar, nesta segunda-feira, 25. “Juntos, poderemos dar uma grande contribuição para a causa da paz; juntos, poderemos, num mundo em rápida mudança, testemunhar o significado perene do plano divino da criação; juntos, poderemos opor-nos, firmemente, a todas as formas de antissemitismo e restantes formas de discriminação”.

O Santo Padre recordou a amizade que cultiva com muitos irmãos judeus desde que era arcebispo de Buenos Aires. São pessoas com quem organizou tantas iniciativas de diálogo. Trata-se de um caminho de amizade que, segundo Francisco, constitui um dos frutos do Concílio Vaticano II e um dom de Deus, mas um dom que não poderia se manifestar sem o emprenho de tantas pessoas corajosas, tanto judias como cristãs. O destaque dado pelo Pontífice foi para o diálogo entre o Grã-Rabinato de Israel e a Comissão da Santa Sé para as Relações Religiosas com o Judaísmo, algo que começou com a visita do Papa São João Paulo II à Terra Santa em 2002. Francisco explicou que esse diálogo não significa somente respeito mútuo, mas um chamado a questionar-se sobre o significado espiritual do vínculo que une cristãos e judeus, um vínculo que vem do Alto. “Do lado católico, há, seguramente, a intenção de considerar plenamente o sentido das raízes judaicas da própria fé. Estou confiante, com a vossa ajuda, que também do lado judaico se mantenha e, se possível, aumente o interesse pelo conhecimento do Cristianismo, mesmo nesta terra bendita, onde o Cristianismo reconhece as suas origens e, especialmente, entre as jovens gerações”. Francisco concluiu pedindo a ajuda de Deus para que judeus e cristãos caminhem sempre com confiança e fortaleza por essas vias.