Caro internauta, Jesus é Deus, confessa a Igreja. Mas, para chegar a essa confissão de fé foi um longo processo. Os livros dos evangelhos nos dão testemunho desse processo. Neste artigo, tecemos uma pequena reflexão nesse sentido: Jesus humano que traz consigo um mistério: Deus. Ele é da parte de Deus. É Deus mesmo em forma humana, o mais perfeito dos humanos. Senão, vejamos! Jesus é um homem de fé. Jesus sabe usar sua fé. Ele é uma pessoa extraordinária, excepcional. A fé opera milagres, quando sabemos usá-la. Jesus sabia usá-la, por isso fez milagres, muitos milagres. Inclusive andar sob as águas. Disso não há dúvidas. Como homem, ser humano, soube viver e usar os “poderes” da sua fé. Pode ter certeza disso. E ao fazer isso, ela não estava fazendo como Deus, mas como homem de fé e com um detalhe a mais: com a força do Espírito Santo. Todas as vezes que Jesus fez curas, milagres, o fez como homem de fé. Usou a sua fé. Não precisou usar seus poderes de Deus, até porque, se o fizesse não seria humano, seria ator e suas atitudes um teatro. Deus não age assim. Deus não é desonesto. Ele é verdadeiro e não mente. Também Paulo não mentiu quando disse que Jesus sendo Deus, esvaziou-se de si mesmo, tornando-se um de nós. Logo ele é homem e agiu como homem, não como qualquer homem, mas como homem de fé. E a fé transforma, tem poder de modificar realidades. Jesus sabia disso e a usou corretamente. Então, quanto a isso não tenham dúvidas. Com sua fé multiplicou pães, ressuscitou mortos, realizou curas e milagres, e suas palavras atingia mente e coração e transformava a pessoa, quando elas se deixavam tocar por Ele. É por isso que ele é extraordinário. Um Homem completo, modelo para todos nós. Mas, se Jesus foi um homem, humano genuíno, porque as pessoas não perceberam? Sim! Perceberam algo de especial n’Ele, entretanto, não tinham clareza, pois ainda não haviam recebido o Espírito. Falo de seus seguidores mais íntimos e dos que se abriram à sua Pessoa. Lembra o contexto e dinâmica que motivou os escritos dos evangelhos? Os evangelho foram escritos depois da ressurreição e depois que os discípulos receberam o Espirito Santo; e compreenderam que eles estavam e conviveram com uma pessoa que ao mesmo tempo era humano (e isso eles sabiam) e Deus (e isso só souberam depois, por graça divina). Então, quando o evangelista João, por exemplo, escreve o seu texto, o faz mostrando a humanidade de Jesus, mas ao mesmo tempo colocando algo de sua divindade. Lembrando que, esse evangelho como os demais foram escritos depois da ressurreição e depois de terem recebido o Espírito Santo. Foi isso que talvez, você, leitor dos evangelhos, viu nos textos e de alguma se questionou….e era exatamente isso que João tinha em mente: quem olha para Jesus e vê somente o humano, perdeu o que estás por trás: Deus. Entende? Por exemplo, os evangelhos sinóticos (Mt, Mc, Lc) contam a história de Jesus, cada um a seu modo quer mostrar o Jesus humano que age com a força do Espírito Santo, sendo enviado de Deus. E esse Jesus se intitula o “Filho do Homem” segundo expressão criada pelo profeta Daniel (Dn 7). Em suma: Jesus é humano, mas um humano extraordinário. Ele tem haver com Deus, é da parte de Deus mesmo. E aí cada evangelista tenta a seu modo responder essa questão: como Jesus é Deus, pode e vive como humano. N’Ele está as duas realidades: a humana e a divina. Entretanto, a divina só se manifesta em sua hora. Entende? Já no evangelho de João, é diferente: ele parte da divindade. João afirma em suas histórias que: Jesus é divino e todas as suas ações revelam sua divindade. Que, quem olha só para Jesus humano corre o risco de “ver e compreender” algo mais profundo desse mesmo Jesus. Daí, o evangelista nos faz um há de mistério: Ele vive e se comporta como humano, mas que tal comportamento nos revela algo mais profundo, sua divindade. O que nos importa é saber que, Jesus é dos humanos o mais perfeito dos humanos e nos diz de algo profundamente divino e por isso é nosso modelo a ser seguido, pois o seguindo, nos tornamos divinos.