15/04/2013

Ano da Fé, Vida e Família e Questão Agrária


Os membros da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) refletem na manhã deste sexto dia da assembleia geral a respeito de assuntos relacionados à Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé que destacam dois aspectos importantes do seu trabalho: o Ano da Fé e suas ações concretas e o Catecismo da Igreja Católica.
Instituído por Bento XVI, o Ano da Fé começou na festa de aniversário de 50 anos do início dos trabalhos do Concílio Vaticano II, dia 11 de outubro de 2012 e dura até a festa litúrgica do Cristo Rei, em novembro deste ano de 2013. Segundo dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Brasília e presidente da Comissão para a Doutrina da Fé da CNBB, em artigo sobre o assunto, afirmou: “Neste Ano da Fé, procuremos renovar a vida batismal, crescendo na fé em Cristo, na participação na Igreja e no testemunho cotidiano da fé. Valorizar o Batismo implica também em ajudar outros irmãos ainda não-batizados a acolherem a graça do Batismo, testemunhando-lhes a beleza e o vigor da fé batismal. De modo especial, procuremos motivar os pais a batizarem seus filhos”. E sobre o Catecismo, o arcebispo de Brasília disse: “Sabemos que o Catecismo tem um esquema que pode servir de grande orientação para o próprio Ano da Fé. Ele se organiza em A fé professada – que apresenta os conteúdos fundamentais da fé, através da oração do Credo, pois há muita gente que não entende certos artigos do Credo. Temos também A fé celebrada – precisamos crescer, a fé não pode ficar apenas na cabeça, mas deve chegar ao coração. E a fé deve virar vida, e aí está A fé vivida – o Catecismo tem muitas respostas sobre assuntos atuais, e isso é geralmente desconhecido”.
Ainda pela manhã, os bispos tratam de questões de Vida e Família ao acompanhar a apresentação dos trabalhos e declarações feitas pela Comissão Episcopal que se ocupa desses temas. Dom João Carlos Petrini, bispo de Camaçari (BA) e presidente desta Comissão da CNBB, afirmou em Nota, por ocasião da recente publicação do posicionamento do Conselho Federal de Medicina em apoio à possibilidade de aborto até 12 semanas de gestação: “Para justificar sua posição, o CFM evoca a autonomia da mulher e do médico, ignorando completamente a criança em gestação. Esta não é um amontoado de células sem maior significado, mas um ser humano com uma identidade biológica bem definida; com um código genético próprio, diferente do DNA da mãe. Amparado no ventre materno, o nascituro não constitui um pedaço do corpo de sua genitora, mas é um ser humano vivo com sua individualidade. A esse respeito convergem declarações de geneticistas e biomédicos”.
Um assunto que volta ao debate em plenário é a Questão Agrária. Será apresentada a nova redação do texto que poderá ser aprovado ao final da Assembleia Geral. Dom Guilherme Werlang, bispo de Ipameri (GO) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz, afirmou que o novo documento terá alguns eixos principais, partindo da real situação do povo brasileiro em relação à questão agrária. “Vamos colocar um nome comum, Via Campesina, porque temos diversos segmentos diferenciados de acordo com as regiões brasileiras de pequenos agricultores que trabalham, vivem da terra e produzem o alimento no Brasil.”
Fonte:Cnbb