“A missão do Espírito Santo é gerar harmonia – Ele mesmo é harmonia – e realizar a paz nos vários contextos”, destacou o Papa, na Jordânia.
André Cunha
Da redação
Da redação
O Papa Francisco celebrou a primeira Missa na Terra Santa, no Estádio Internacional em Amã, na Jordânia, neste sábado, 24. O Pontífice, na ocasião, refletiu sobre o papel do Espírito Santo na construção da paz entre os povos e as religiões.
No trecho do Evangelho, lido na Missa, Jesus promete aos Apóstolos o envio do Espírito Santo. “Eu apelarei ao Pai e Ele vos dará outro Paráclito para que esteja sempre convosco” (Jo 14, 16).
Neste contexto, o Santo Padre destacou três ações do Espírito Santo: preparar, ungir e enviar. No momento do batismo, explica o Papa, o “Espírito pousa sobre Jesus a fim de O preparar para a sua missão de salvação; missão caracterizada pelo estilo do Servo humilde e manso, pronto à partilha e ao dom total de Si mesmo”.
Francisco explicou que a missão do Espírito Santo é gerar harmonia – “Ele mesmo é harmonia” – e realizar a paz nos vários contextos e entre diferentes sujeitos. “A diferença de pessoas e a divergência de pensamento não devem provocar rejeição nem criar obstáculo, porque a variedade é sempre enriquecedora”, destacou.
Depois, disse Francisco, o Espírito Santo unge, como fez com Jesus e os discípulos para que tivessem os mesmos sentimentos de seu Mestre. Esta ação do Espírito Santo torna os cristãos capazes de amar, favorecendo a paz e a comunhão.
Por fim, o Papa pontuou a terceira ação do Espírito Santo, o envio. “Jesus é o Enviado, cheio do Espírito do Pai. Ungidos pelo mesmo Espírito, também nós somos enviados como mensageiros e testemunhas de paz”, disse.
Neste sentido, o Papa afirmou que a paz não se pode comprar. Ela é um dom que se deve buscar pacientemente e construir “artesanalmente”, através dos pequenos e grandes gestos que formam a vida cotidiana.
No fim da homilia, Francisco rezou para que o Espirito Santo prepare os corações para o encontro com os irmãos independentemente das diferenças de ideias, língua, cultura e religião. Desejou ainda que se cure as feridas dos erros, das incompreensões, das controvérsias. “Que nos envie, com humildade e mansidão, pelas sendas desafiadoras mas fecundas da busca da paz”, pediu o Pontífice