No terceiro final de semana do mês de agosto, mês vocacional, celebramos a Festa da Assunção de Nossa Senhora, a grande vocacionada de Deus nosso Pai, olhamos para a vida dos nossos religiosos. É a vocação de homens e mulheres que buscam, na vivência comunitária e fraterna, a perfeição pessoal como vocação.
Esta realidade, normalmente, acontece no contexto de um Instituto Religioso, cada pessoa fazendo ali sua opção de vida cristã, concretizada na vivência dos Conselhos Evangélicos, isto é, esforçando-se para colocar em prática a pobreza, a castidade e a obediência, tendo como pano de fundo e objetivo o Reino de Deus.
Temos uma diversidade de formas e de caminhos na vida religiosa. São maneiras de testemunhar a vida de fé, seja numa comunidade apostólica, ou contemplativa, ou monástica. Em alguns casos, isto acontece de forma pessoal, ficando o indivíduo inserido no seu próprio mundo profissional, agindo ali com testemunho de fé.
Existem inúmeros Institutos Religiosos, mas também Institutos Seculares, cada um com seu carisma próprio, ambos voltados para o exercício da missão cristã no mundo. São formas das pessoas colocarem suas vidas e existências a serviço do Reino de Deus. Tudo passa pelo seguimento e pela paixão por Jesus Cristo.
A referência principal da vocação religiosa é a busca da santidade no caminho das bem-aventuranças. Para o Documento de Aparecida: “A vida consagrada é um dom do Pai, por meio do Espírito, à sua Igreja...”. Quem a vivencia deve ter um coração indiviso para servir a Deus e a humanidade de forma total e livre.
A vida religiosa quer testemunhar que somente Deus basta para preencher a vida das pessoas de sentido e de alegria. Quer mostrar para o mundo, que vem perdendo o sentido do divino, supervalorizado as coisas materiais, os valores pelos quais vivem. Tudo isto deve ser um novo sopro de Deus na Igreja e na vida das pessoas de hoje. Queremos parabenizar todos os religiosos pela opção que fizeram, respondendo ao chamado de Deus no contexto de hoje.
Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo Metropolitano.