Clemente foi o quarto papa da Igreja de
Roma, ainda no século I. Vivia em Roma e foi contemporâneo de são João
Evangelista, são Filipe e são Paulo; de Filipe era um dos colaboradores e do
último, um discípulo. Paulo até citou-o em seus escritos. A antiga tradição
cristã apresenta-o como filho do senador Faustino, da família Flávia, parente
do imperador Domiciano. Mas foi o próprio Clemente que registrou sua história
ao assumir o comando da Igreja, sabendo do perigo que o cargo representava para
sua vida. Pois era uma época de muitas perseguições aos seguidores de Cristo.
Governou a Igreja por longo período, de
88 a 97, quando levou avante a evangelização firmemente centrada nos princípios
da doutrina. Enfrentou as divisões internas que ocorriam. Foi considerado o
autor da célebre carta anônima enviada aos coríntios, que não seguiam as
orientações de Roma e pretendiam desligar-se do comando único da Igreja.
Através da carta, Clemente I animou-os a perseverarem na fé e na caridade
ensinada por Cristo, e participarem da união com a Igreja.
Restabeleceu o uso do crisma, seguindo
a tradição de são Pedro, e instituiu o uso da expressão "amém" nos
ritos religiosos. Com sua atuação séria e exemplar, converteu até Domitila,
irmã do imperador Domiciano, também seu parente, fato que ajudou muito para
amenizar a sangrenta perseguição aos cristãos. Graças a Domitila, muitos
deixaram de sofrer ou, pelo menos, tiveram nela uma fonte de conforto e
solidariedade.
Clemente I expandiu muito o cristianismo, assustando e preocupando o então imperador Nerva, que o exilou na Criméia. A essa altura, assumiu, como papa, Evaristo. Enquanto nas terras do exílio, Clemente I encontrou mais milhares de cristãos condenados aos trabalhos forçados nas minas de pedra. Passou a encorajá-los a perseverarem na fé e converteu muitos outros pagãos.
A notícia chegou ao novo
imperador Trajano, que, irritado, primeiro ordenou que ele prestasse sacrifício
aos deuses. Depois, como recebeu a recusa, mandou jogá-lo no mar Negro com uma
âncora amarrada no pescoço. Tudo aconteceu no dia 23 de novembro do ano 101,
como consta do Martirológio Romano. Clemente I expandiu muito o cristianismo, assustando e preocupando o então imperador Nerva, que o exilou na Criméia. A essa altura, assumiu, como papa, Evaristo. Enquanto nas terras do exílio, Clemente I encontrou mais milhares de cristãos condenados aos trabalhos forçados nas minas de pedra. Passou a encorajá-los a perseverarem na fé e converteu muitos outros pagãos.
O corpo do santo papa Clemente I, no ano 869, foi levado para Roma pelos irmãos missionários Cirilo e Metódio, também venerados pela Igreja, e entregue ao papa Adriano II. Em seguida, numa comovente solenidade, foi conduzido para o definitivo sepultamento na igreja dedicada a ele. Na cidade de Collelungo, nas ruínas da propriedade de Faustino, seu pai, foi construída uma igreja dedicada a são Clemente I. A sua celebração ocorre no dia da sua morte