19/05/2015

Sangue dos Mártires alimenta o Compromisso Ecumenico.



No encontro com membros da Comissão Internacional anglicano-católica, Papa reiterou a necessidade de unidade entre os cristãos

Da Redação, com Rádio Vaticano
O Papa Francisco recebeu na manhã desta quinta-feira, 30, no Vaticano, os membros da Comissão Internacional anglicano-católica, que nestes dias se reuniram para uma nova sessão de diálogo e que atualmente estuda a relação entre Igreja universal e Igreja local com particular referência aos processos de confronto e de decisões sobre questões morais e éticas.
Francisco recordou que esse diálogo é fruto do histórico encontro ocorrido em 1966 entre o Papa Paulo VI e o Arcebispo Ramsey, que deu início à Primeira Comissão Internacional anglicano-católica. Naquela ocasião, ambos rezaram com confiança para que se realizasse um sério diálogo que, baseado nos Evangelhos e nas antigas tradições comuns, pudesse levar àquela unidade na verdade para a qual Cristo rezou.

O Santo Padre mencionou na audiência o ponto forte que une os cristãos, para além de toda divisão: é o testemunho dos cristãos que pertencem a Igrejas e tradições diferentes, vítimas de perseguições e violências apenas por causa da fé que professam.
“O sangue destes mártires irá alimentar uma nova era de compromisso ecumênico, uma nova apaixonada vontade para cumprir a vontade do Senhor: que todos sejam um (Jo 17:21). O testemunho destes nossos irmãos e irmãs nos encoraja a sermos ainda mais coerentes com o Evangelho e a nos esforçarmos para alcançar, com determinação, o que o Senhor deseja para a sua Igreja. Hoje, o mundo precisa urgentemente do testemunho comum e alegre, dos cristãos, da defesa da vida e da dignidade humana para a promoção da paz e da justiça”.
Francisco destacou ainda que a causa da unidade dos cristãos não é um compromisso opcional e as divergências que causam divisão não devem ser aceitas como inevitáveis. “Alguns gostariam que, após 50 anos, houvesse maiores resultados no que diz respeito à unidade. Apesar das dificuldades, não podemos desanimar, mas devemos confiar ainda mais no poder do Espírito Santo, que pode nos curar e nos reconciliar e fazer o que humanamente parece impossível”.
O Papa concluiu invocando os dons do Espírito Santo, para que os cristãos sejam capazes de responder corajosamente aos sinais dos tempos, que chamam todos os cristãos à unidade e ao testemunho comum.

Por. Cancaonova.com