15/01/2014

Dom Capovilla secretário pessoal de João XXIII hoje com 98 anos será Cardeal mais idoso da Igreja

Publicado em 15/01/2014, às 10:46, por Fr. Leandro Silva- MCR.

Entre os 19 pastores que o Papa Francisco criará Cardeais no próximo 22 de fevereiro, destaca-se Dom Loris Francesco Capovilla, que foi secretário pessoal do Beato João XXIII e aos 98 anos de idade se converterá no Pupurado de maior idade no Colégio Cardinalício.
“Este reconhecimento foi como um raio de luz no entardecer de minha vida, e devo tudo ao Papa João XXIII, a seu exemplo na santidade e sua bondade”, explicou emocionado à Rádio Vaticano em 12 de janeiro.
“O Papa Francisco olhou a um sacerdote velho e acreditou honorar em mim a todos os sacerdotes mais humildes, que serviram à Igreja em silêncio. Sempre me hei sentido como um criado de Deus, e me hei sentido pequeno entre os pequenos. E servirei até que Deus me deixe continuar a servir, a amar, a acreditar na unidade da família humana”, acrescentou o nonagenário.
Com 74 anos de sacerdócio, Dom Capovilla explicou que sente seu trabalho muito ligado à figura do Papa, e não só com o afeto, mas com a mente e o que chama “meu pequeno trabalho”.
Dom Capovilla foi ordenado sacerdote em 1940, logo colaborou como sacerdote patriarcal com o Cardeal Angelo Giuseppe Roncalli, eleito Patriarca de Veneza em 1953, de quem foi secretário pessoal.
Em 1958 o Cardeal Roncalli foi eleito Papa, tomou o nome do João XXIII, e manteve a Capovilla como secretário, convertendo-se em seu mais estreito colaborador durante seu pontificado, que terminou em 1963.
O sucessor de João XXIII, o Papa Paulo VI, elevou-o à dignidade episcopal, com Sede na Arquidiocese de Chieti em 1967, e em 1971, foi transferido à Sede Titular da Arquidiocese de Mesembria. Além disso, foi nomeado à Prelatura Territorial de Loreto, com o título de Arcebispo.
“A notícia me encontrou de maneira totalmente desprevenido… Veio por surpresa! Estava impactado, e contrito: Eu também quero repetir o que um bom homem de Bérgamo -João XXIII-, criado Cardeal, escreveu em seu diário ‘Solo gratia tua’”.
“Não posso explicar com palavras minha gratidão, e não posso expressar plenamente os sentimentos que atravessam meu coração. Escrever-lhe-ei (ao Papa Francisco), obviamente, mas não posso dizer mais!”, concluiu emocionado.